Em entrevista concedida hoje a uma rádio local, o vereador e pré-candidato a prefeito, Kássio Gomes (REP), confirmou, ainda sem o nome do vice definido, a data da sua convenção para o dia dia 03 de agosto no CETI-Santo Antonio e afirmou que não entrará na disputa para atrapalhar a oposição, como, segundo ele, tem sido propagado por algumas pessoas. Kássio afirmou que permaneceu até o mês de maio deste ano em diálogo com o pré-candidato a prefeito Leonardo Nogueira, numa tentativa de unir a oposição e que o critério a ser estabelecido para que se escolhesse um nome único da oposição, seria a realização de pesquisas de intenção de voto, que, segundo Gomes, não foi aceito pelo pré-candidato do PT, alegando falta de tempo para se decidir.
Segundo Kássio, até as convenções, quem estivesse melhor nas pesquisas, seria o candidato do grupo de oposição, e que de sua parte não haveria nenhuma exigência após a escolha do nome. “Em qualquer processo eleitoral, quem vota, pode ser votado. Então, se eu estava com meu nome posto, Lucas Raoni estava com seu nome também posto àquela altura, Venício do Ó e Marllos Sampaio, eu acho que essas lideranças unidas poderiam chegar a um acordo em comum, sendo que o acordo era muito simples: quem estiver melhor posicionado nas pesquisas, seria o candidato do grupo”, pontuou.
Kássio ainda afirmou que nunca foi ouvido em nenhum momento sobre a escolha de nomes para formação de chapas majoritárias e nem sequer foi convidado para uma simples reunião durante todo o processo de pré-campanha. “Eu tenho que marchar com quem quer marchar comigo. Eu não posso obrigar ninguém a se juntar ao meu grupo se não se sente confortável dentro do meu grupo. Mas, eu também não posso ir para um grupo onde as pessoas não se sentem confortáveis com a minha presença e eu percebi isso no decorrer da pré-campanha e até hoje a gente percebe. Ontem mesmo, um pré-candidato a vereador do nosso lado foi chamado de “Banana“, porque não concordam com a minha decisão, com a minha opinião. O que é isso? Vamos respeitar as pessoas.”, reagiu Kássio, numa crítica indireta ao pré-candidato Leonardo Nogueira (PT).
Outro ponto forte da entrevista do vereador foi quando o mesmo reagiu de forma dura aos comentários de bastidores de que o mesmo teria entrado na disputa para atrapalhar a oposição. “Chega dessa história de dizer que o professor Kássio entrou para atrapalhar. Quem tem voto, ninguém atrapalha o seu voto. Quem, de fato, quer ter voto e quer ir olhar na cara do cidadão valenciano e tem convicção da sua vitória, como eu tenho da minha, não tem medo de enfrentar as urnas e não tem medo de candidatura de A, B ou C. Nós temos que ir pro enfrentamento, quem vai dizer é a população, ela é soberana. Eu não estou para atrapalhar pré-candidatura de absolutamente ninguém, mas, também não estou para abaixar a cabeça porque alguém quer pisar em cima do nosso pescoço”, afirmou.
No final da sua entrevista, o vereador fez um agradecimento ao governador do estado, Rafael Fonteles: “Quero agradecer ao governador Rafael Fonteles, pela paciência, pelo gesto de carinho, pela forma como ele me disse: Vá e siga com a sua pré-campanha, Kássio. Você tem todo o meu aval, não tem problema nenhum. Então é esse o entendimento que eu quero trazer para Valença, o entendimento do nosso governador, que não só compreendeu, como nos deu total aval para seguir com a nossa pré-candidatura”, finalizou Kássio Gomes.
Fazendo uma análise bem racional das palavras do pré-candidato Kássio Gomes, podemos notar uma grande dificuldade de entendimento que a oposição teve em todo esse processo de pré-campanha, onde o que menos se via era o sentimento de união e onde o ego e as divergências falaram mais alto entre os postulantes ao cargo máximo do munícipio. Se enfrentar uma reeleição já é algo muito desproporcional nos dias atuais, o que dizer quando na própria oposição se falam línguas diferentes. Quem assiste a tudo isso de camarote é o atual prefeito Marcelo Costa (PP) que nada tem a ver com a briga dos seus concorrentes. Com a palavra, o eleitor, verdadeiro dono do voto.
